O Instituto Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação (CGTI) em parceria com a Associação Brasileira de Empresas Chinesas (ABEC), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e Vallya Building Trust realizaram o Seminário Brasil-China – Cooperação no Setor Elétrico, na última quinta-feira (11), no auditório Millennium Vila Olímpia, em São Paulo. A Embaixada Chinesa, através de sua Cônsul-Geral em São Paulo, Chen Peijie, foi a polarizadora da iniciativa em fomentar este Seminário.
O evento contou com a participação de investidores chineses do setor e apresentações do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do CGTI, José Mak, da diretora da ANEEL, Elisa Bastos e do Superintendente de P&D e Eficiência Energética da ANEEL, Ailson de Souza Barbosa sobre como o Programa de P&D da agência pode contribuir para impulsionar o intercâmbio de tecnologia entre os dois países nas áreas de transmissão, geração e distribuição de energia elétrica.
A diretora da ANEEL ressaltou em sua apresentação a importância da colaboração entre Brasil e China, apresentando dados da participação estrangeira no setor elétrico, por exemplo, no segmento de distribuição de energia há predominância dos agentes estrangeiros (52% do capital dessas empresas é estrangeiro).
O Seminário foi o primeiro evento direcionado para discutir o intercâmbio de tecnologias entre China e Brasil e reuniu aproximadamente 70 pessoas. Na avaliação do Diretor Executivo da ABEC, Zhang Xin, o Seminário representou a “pedra fundamental para a cooperação sino-brasileira do futuro”.
Também falaram à plateia sobre a relevância do evento Wen Bo, presidente da SGBP e presidente do Conselho da CPFL Energia; e a Chen Peijie que lembrou dos 45 anos de relações diplomáticas entre os dois países, comemorados neste ano.
Investimentos em P&D
O diretor do CGTI apresentou no Seminário como a plataforma de P&D da ANEEL representa um forte instrumento de cooperação entre os dois países, destacando as possibilidades nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. “Estamos há 15 anos em Porto Velho trabalhando a biodiversidade Amazônica”, disse.
De acordo com dados evidenciados pelo Superintendente da ANEEL, os investimentos em P&D nas regiões Sudeste e Sul representam 56,59% e 19,8% respectivamente. Enquanto na região Norte são destinados apenas 4,26%, seguida pelas regiões Centro-Oeste 4,47% e Nordeste com 15,33% de recursos provenientes do 1% da Receita Operacional Líquida (ROL) das empresas do setor (Lei 9.991 – de 24 de julho de 2000). “As regiões Sul e Sudeste são as mais beneficiadas com estes recursos”, explicou Barbosa, que acrescentou ainda a informação dos investimentos de P&D de 1,86 bi, no ano de 2017.
O país asiático concentra mais de 85% dos seus investimentos no Brasil em energia e extrativismo, dado publicado em março de 2018 no Boletim Bimestral sobre investimentos chineses no país, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.