Em seis meses, CGTI tem cinco patentes concedidas
Uma em cada quatro espécies marinhas vive em recifes, incluindo mais da metade dos peixes. Em função de atividades humanas, os recifes naturais vêm passando por um processo de degradação. Uma das alternativas para conservar a biodiversidade marinha tem sido os recifes artificiais. O Instituto Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação – CGTI e a usina termelétrica Termopernambuco desenvolveram um modelo de recife artificial que se diferencia dos existentes por ser de fácil construção, transporte e instalação. A inovação neste modelo “Módulo Geométrico para Construção de Recife Artificiais para Uso em Área de Influência de Canal de Captação de Água Marinha” foi reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a concessão da Patente Modelo Utilidade (MU 9102070-0), na terça-feira, 22 de maio.
Utilizando uma forma geométrica específica e construído em metal, o recife artificial desenvolvido pelo CGTI também apresenta como inovação eficiência na sua fixação em solos excessivamente arenosos ou lamacentos das áreas dos canais de captação de águas marinhas, dificuldade identificada na maior parte dos modelos existentes.
A concessão deste Modelo de Utilidade representou um desafio, tendo em vista o grande número de patentes e de inovações em recifes artificiais concedidas há mais de 50 anos para pesquisadores da Coréia do Sul e do Japão, que tradicionalmente os utilizam em larga escala.
O protótipo foi elaborado no projeto do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em 2011. O recife foi implantado na região portuária de Suape, no litoral sul de Pernambuco, e teve como objetivo elevar a riqueza biológica local, além de desviar o deslocamento de peixes e outros elementos da fauna e flora do canal de captação de água das usinas termelétricas instaladas na região.
Os recifes artificiais são estruturas submersas, instaladas no mar, com a finalidade de fornecer substratos para a colonização de diversos organismos, com destaque para as plantas, moluscos e peixes de diferentes tamanhos, criando um ambiente artificial similar aos dos recifes naturais.
Inovação reconhecida
Esta é quarta patente concedida pelo INPI para o CGTI nos últimos seis meses. Além do recife artificial, em abril foi publicada a concessão da Patente Modelo de Utilidade (MU 91020603) do Biodigestor com Monitoramento Contínuo. Já a Eco Caixa Separadora de Água e Óleo, projeto desenvolvido pelo CGTI, Light, Bandeirantes e B&M Pesquisa e Desenvolvimento, teve a Patente (MU 8901729-3) publicada em janeiro e, em novembro de 2017, o Transformador Autoprotegido, desenvolvido pelo CGTI, B&M Pesquisa e Desenvolvimento, Light e Itaipu Transformadores, também recebeu a concessão de patente (MU 8700646-4) pelo INPI.
Mais 29 pedidos de patentes oriundos de projetos do CGTI estão em andamento no INPI.