Foram exitosos os testes finais do protótipo que controla e supervisiona aterramentos temporários instalados, utilizando as novas tecnologias IoT (Internet da Coisas) e Smart Mesh, através do Sistema Supervisório (SCADA) da TAESA (Transmissora Aliança de Energia Elétrica). Um produto inédito, o Sistema de Controle de Aterramentos Temporários foi elaborado em projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) pelo Instituto CGTI (Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação) com apoio da Macnica DHW, visando atender a uma necessidade antiga das concessionárias de energia elétrica para garantir maior segurança às equipes de Manutenção e Operação. Os ensaios foram realizados na ATE Subestação Assis 525kV e na Linha de Transmissão Assis-Araraquara 525kV, no município de Assis, nos dias 18,19 e 20 de março.
Segundo o engenheiro do CGTI, Alexandro Santa Rosa, Project Manager (PM) do projeto, o protótipo final já contempla algumas características prevendo as próximas fases da cadeia de inovação (Cabeça de Série, Lote Pioneiro e Inserção de Mercado). “Estamos entregando um sistema inovador de monitoramento de aterramentos temporários, aplicável, com design customizado e já com alguns aperfeiçoamentos para uma futura comercialização”, afirma.
Nos ensaios, os engenheiros e técnicos do projeto simularam situações de intervenções de manutenção em duas torres da Linha de Transmissão para testarem o tempo e o alcance da comunicação dos equipamentos que executam a supervisão e controle dos pontos de aterramentos definidos no plano de manutenção. O protótipo foi validado nas distâncias de 4 Km e 10Km da Subestação, onde a comunicação funcionou com êxito.
A equipe técnica do CGTI elaborou ainda um sistema on-line para o registro dos planos de aterramentos. Esta plataforma também se comunica com os dispositivos desenvolvidos, propiciando maior desempenho e flexibilidade ao novo sistema.
O analista Vinicius Portes, da gerência de planejamento da TAESA, participou dos ensaios e ressaltou a importância do controle dos aterramentos temporários para evitar acidentes, principalmente em serviços complexos nos quais são usados vários cabos. “Trazer esta tecnologia em prol da segurança é algo fundamental para nós que trabalhamos no campo”, considera.
O conjunto de Aterramentos Temporários é um importante Equipamento de Segurança Coletiva (EPC) usado nos trabalhos de manutenção de linhas de transmissão e subestações de energia elétrica desenergizadas. O esquecimento dos cabos após as intervenções pode provocar acidentes. “Através deste controle a gente vai evitar acidentes que podem causar danos pessoais e avarias nos ativos da empresa, inclusive com risco de blackout”, explica o engenheiro Edvaldo Francisco Alves, gerente da ATE Subestação Assis.
O projeto de Controle de Aterramentos Temporários é desenvolvido através do Programa (P&D) regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).