O Instituto Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação (CGTI) e a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (TAESA) promoveram o 1º Workshop do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) “Controle de Aterramento Temporário”, no dia 9 de agosto, no Rio de Janeiro. No evento, foram apresentados pelo gerente e pelo coordenador do projeto, Edvaldo Francisco Alves e Ricardo Augusto de Araújo, respectivamente, os resultados parciais dos primeiros protótipos testados na subestação da empresa, em Assis, interior de São Paulo.
Alves afirmou que a preocupação com monitoramento de aterramentos temporários (ATs) é antiga, mas agora com o desenvolvimento de novas tecnologias é possível criar um sistema eficaz, para o controle remotamente. “Este dispositivo vai garantir que nenhuma intervenção será liberada ou reestabelecida sem a retirada de todos os cabos de aterramento da subestação”. Hoje o monitoramento do AT só é possível localmente.
No Workshop, foi apresentado o protótipo alfa composto pelo Gateway (interliga redes para transmissão de dados) e anilhas que serão fixadas nos cabos de aterramento temporário e, através das tecnologias de Comunicação Smart Mesh e da IoT (Internet das Coisas), possibilitarão a comunicação local e remotamente se o AT está ou não conectado.
Quando há intervenções, manutenção ou construção em subestação, o sistema elétrico é desligado e o aterramento temporário é usado para eliminar possíveis induções eletromagnéticas e garantir a segurança dos profissionais que executam o serviço no local. No entanto, um possível esquecimento dos cabos de aterramentos ao término da atividade, pode causar acidentes e até mesmo interrupção do abastecimento de energia, quando as instalações elétricas forem reenergizadas.
Araujo considera que o dispositivo que fará o controle e monitoramento do AT deve ser preciso. “Está aterrado ou não, esta informação deve ser confiável, eficiente e rápida”. Ele explicou ainda, que as anilhas apresentadas não são as definitivas, elas irão passar por um processo de miniaturização.
O projeto evidencia o uso de um dispositivo de controle de Aterramentos Temporários para subestações, porém também poderá ser usado na distribuição e geração de energia elétrica.
Na avaliação de Marcio Augusto Passos Barony, gerente de P&D da TAESA, o projeto, que se originou a partir de uma necessidade dos operadores de campo, vem obtendo êxito e atendendo os objetivos de desenvolvimento tecnológico, segurança dos colaboradores da TAESA e atendimento da regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “Este projeto surgiu no campo e está sendo desenvolvido com muito sucesso, sendo elogiado pelo gerente do projeto e pela equipe responsável. A gente acredita que vai contribuir bastante para a segurança da companhia”.
Durante o evento, profissionais e parceiros da TAESA fizeram sugestões e tiraram dúvidas sobre o funcionamento do dispositivo. “O Workshop é a oportunidade que todos têm para contribuir para o desenvolvimento do projeto, de extrema importância para os nossos processos do dia a dia”, comentou Marco Antônio Resende Faria, diretor Técnico da TAESA.
A pesquisa é desenvolvida através do Programa de P&D ANEEL e será finalizada em 2019. Mais um protótipo (versão beta final) será desenvolvido para testes em situações reais com a equipe de manutenção da empresa.