O Instituto CGTI lançou o Dispositivo Separador Óleo-Água no XXV SNPTEE (Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica), um dos maiores eventos técnicos do setor elétrico no Brasil, que aconteceu de 10 a 13 de novembro, no pavilhão do Expominas, em Belo Horizonte. O novo produto chamou a atenção dos participantes que passaram pelo estande para conhecer, tirar dúvidas e ter mais detalhes das vantagens do novo produto, entre elas: compacto, de fácil instalação e reter pequenos e grandes vazamentos de óleos de transformadores de potência e equipamentos relacionados instalados nas subestações de energia.
Para o diretor do CGTI, José Eduardo Blanco Querido, os objetivos com a participação no SNPTEE foram alcançados. “Apresentamos ao setor elétrico o Dispositivo Separador, divulgando suas vantagens e seus diferenciais técnicos e comerciais, despertando interesse pelo novo produto”. O diretor está otimista com a comercialização do Dispositivo Separador.
No estande do CGTI, os visitantes puderam ver de perto o Dispositivo e assistir um vídeo-animação demonstrando o seu funcionamento. O layout do estande também atraiu muita gente. Foi destaque o piso com pedras britas, coberto com vidros e iluminado com luzes de LED compondo junto com paredes ilustradas a simulação de uma subestação de energia, local onde o novo equipamento é instalado para impedir que, na eventualidade de vazamentos de transformadores de potência, o óleo isolante contamine os lençóis freáticos.
Sorteios de três caixas de som também movimentou o estande no SNPTEE, evento promovido pelo Cigré e organizado nesta edição pela Cemig.
Um P&D de inserção de mercado
A inserção de mercado do Dispositivo Separador Óleo-Água faz parte do projeto do CGTI com a EDF Norte Fluminense cooperado com Light, desenvolvido através do Programa Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
“Quando a gente busca um projeto de P&D temos a premissa de buscar soluções que sejam voltadas para o mercado. Este projeto veio ao encontro a essa nossa premissa e a gente está bastante satisfeito”, avalia Fábio Monteiro Steiner, gerente de PD&I da EDF Norte Fluminense.
Subestações com espaço reduzido e novos empreendimentos em construção necessitam de uma solução eficiente para reter o óleo isolante em caso de vazamentos de transformadores de potência e equipamentos relacionados. Para atender esta necessidade foi que o CGTI desenvolveu o Dispositivo Separador Óleo-Água.
O novo equipamento separa e retém o óleo e monitora e sinaliza os vazamentos. Uma caixa separadora com mantas absorvedoras deixa passar somente a água para o sistema de drenagem de águas pluviais das instalações de energia elétrica. Em caso de grandes vazamentos, a válvula que compõem o Dispositivo é fechada automaticamente para impedir que óleo seja derramado e contamine o solo.
“Na light já tem algumas unidades instaladas tendo resultados muito satisfatórios e gente vai receber mais unidades. O produto no mercado é exatamente o final da cadeia, é o que a gente deseja no Programa de P&D”, afirma o responsável pelo P&D da Light, Tenório Barreto.
Além da caixa separadora com mantas absorvedoras e a válvula de retenção, o Dispositivo é composto por sensores responsáveis pela atuação do monitoramento e sinalização de grandes vazamentos para a Central de Operação das subestações e um painel instalado na caixa do lado de fora indica a presença de ar, água ou óleo.
Para as subestações que ainda não se adequaram a Norma NBR 13.231-2015, que estabelece diretrizes para ações de proteção contra incêndio, o Separador Óleo-Água é uma solução econômica e ambientalmente correta. “A vantagem é que o Dispositivo é uma solução de rápida implementação, ou seja, é possível saber se tem água ou água passando pelo sistema, monitorando a condição do vazamento de óleo”, explica o engenheiro eletricista, Adelfo Braz Barnabé, diretor do CGTI. De acordo com Barnabé, o valor do novo sistema é no mínimo 40% menor na comparação com a alternativa atual adotada pelas concessionárias.
Dimensões reduzidas e fácil instalação
Como parte do Sistema de Drenagem das subestações, o Dispositivo representa uma alternativa às caixas tradicionais de separação por ter menores dimensões e ser de fácil instalação.
A caixa separadora do Dispositivo é construída em fibra de vidro e possui camadas de resinas, suportando temperaturas de até 240 °C, suficiente para operação com óleo isolante mineral e vegetal. Seu peso é de aproximadamente 55 quilos e as suas dimensões são reduzidas, de aproximadamente: 1m x 0,6m x 0,6m, até 50 vezes menor que o sistema convencional.
O Dispositivo é instalado em um fosso de concreto de inspeção que deve ser integrado à bacia coletora, localizada sob os equipamentos da subestação.